banner_gaecoO Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizou nesta quinta feira, 1º de setembro, operação de repressão a desvio de cargas em cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás. O Gaeco busca cumprir 24 mandados de prisão preventiva, mandados de busca e apreensão contra 30 pessoas e 11 mandados de condução coercitiva.


A investigação, conduzida pelo núcleo do Gaeco em Cascavel (Oeste paranaense), visa apurar a existência de organização criminosa que desviava cargas de soja para Dourados-MS e de produtos alimentícios e de limpeza para uma rede de supermercados do Sudoeste do Paraná e uma indústria de alimentos de Pato Branco-PR.

Envolvendo policiais e promotores de Justiça dos Núcleos do Gaeco dos quatro estados, além das Corregedorias da Polícia Civil e da Polícia Militar e destacamentos locais, a ação abrange os municípios de Realeza, Cascavel, Londrina, Maringá, Terra Roxa, Guaíra, Pato Branco, Capitão Leônidas Marques, Boa Vista da Aparecida, Brasilândia do Sul (todos no Paraná), Campo Grande, Dourados, Cassilândia, Três Lagoas, Corumbá (todas no Mato Grosso do Sul), Amparo -SP e Goiânia-GO.

Motoristas de caminhões freteiros eram cooptados por um núcleo de empresários para o desvio de cargas, simulando assaltos em que diziam terem sido dopados com um líquido. Os falsos assaltos eram registrados em várias delegacias mediante suborno de cerca de R$ 10 mil por boletim, pago a policiais civis, com envolvimento de um policial militar. Em alguns casos, houve participação de advogados para a lavratura falsa dos boletins. São investigados cerca de 25 motoristas, dez empresários e dez policiais.

Foi decretada a prisão preventiva de sete empresários e três funcionários de empresas envolvidas, um advogado, um delegado de polícia, quatro investigadores, um policial militar e sete motoristas. Também foi determinado pelo Juízo de Terra Roxa (Oeste paranaense) o bloqueio de bens e valores.

Resumo da operação – Até as 11h, foram presos preventivamente sete empresários, três funcionários de empresas envolvidas, um advogado, um delegado de polícia, quatro investigadores, um policial militar e sete motoristas.

Em Londrina foram sete prisões, entre elas um escrivão da Polícia Civil, dois empresários e a mulher de um deles. A mulher, que está grávida, passou mal durante o cumprimento de mandado e foi levada ao Hospital Evangélico. Um advogado ainda foi conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos na sede do órgão.

Em nota, a Polícia Civil do Paraná informou que prendeu cinco policiais civis em Londrina, Cascavel, Terra Roxa e Guaíra. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil deve instaurar um processo disciplinar para investigar o envolvimento dos servidores. Se o envolvimento deles no esquema for confirmado, os policiais podem ser demitidos.

A Polícia Civil ainda informou que o delegado preso será encaminhado para o Centro de Operações de Policiais Especiais (Cope), três policiais civis homens serão levados para a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos e a policial civil mulher irá para o Centro de Triagem de Curitiba.

WEB e MPPR

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