Antonio Rabel (DEM) foi preso  acusado de destruir provas de investigações sobre propinas pagas por empresas que fornecem medicamentos ao município.

O mandado de prisão temporária foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) porque o prefeito tem foro privilegiado.

Preso Antonio Borges Rabel (DEM) – O mandado de prisão temporária foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) porque o prefeito tem foro privilegiado.

O prefeito de Ibema, município do Oeste Paranaense, foi preso na manhã desta segunda-feira, 13 de julho, em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná. A prisão ocorreu dentro da segunda fase da Operação Panaceia, realizada pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Cascavel, para investigar um esquema de associação criminosa para a promoção de fraudes a licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e receptação. Durante a ação da manhã desta segunda-feira, foram cumpridos ainda dois mandados de busca e apreensão, sendo um no gabinete e outro na residência do prefeito.

Segundo as investigações do Gaeco, empresas distribuidoras de remédios, em conluio com servidores públicos municipais, estariam superfaturando os valores e a quantidade de medicamentos e produtos médicos hospitalares adquiridos pelo Município. Além disso, estariam sendo fornecidos à população remédios com prazo de validade vencido ou na iminência de vencer. Há indícios ainda de fraude em procedimentos licitatórios.

Outras prisões – Na primeira fase da Operação Panaceia, desencadeada em 19 de junho, o MP-PR cumpriu mandados de prisão preventiva dos secretários municipais de Saúde e de Administração e de uma servidora da prefeitura de Ibema, além de três empresários de Cascavel. Também foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão na prefeitura de Ibema, em residências de servidores e empresários, farmácias, hospital e posto de saúde.

Na ocasião também foram apreendidos computadores, documentos, medicamentos, R$ 26 mil em dinheiro e R$ 30 mil em cheques. O Juízo Criminal de Catanduvas também determinou, à época, o bloqueio de bens imóveis, veículos e contas bancárias dos investigados. Segundo o que já foi apurado, documentos da prefeitura encontrados no lixo pelos agentes no fim de junho foram descartados por ordem de Rabel. De acordo com o Gaeco, a ordem foi dada após as investigações que levaram à prisão do secretário municipal de Administração, Valdir Roberto Scheifer, da secretária municipal de Saúde, Eunice Vieira de Lara, de uma assessora dela e de três proprietários de distribuidoras de medicamentos em Cascavel no dia 19 de junho.

Fonte: Ministério Público e WEB.

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