Foram apreendidos documentos, computadores e cerca de R$ 7 mil em espécie.

Um dos fiscais foi preso em flagrante por posse ilegal de armas, sendo uma de uso restrito.

gaeco3-638x425Nesta terça-feira, 24 de novembro, o núcleo de Foz do Iguaçu do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, cumpriu cinco ordens de busca e apreensão, sendo duas delas em gabinetes no Instituto Ambiental do Paraná na cidade e três em residências de servidores. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da comarca.

O Gaeco investiga possíveis crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro, associação criminosa que envolveriam fiscais do IAP e empresários. Foram apreendidos documentos, computadores e cerca de R$ 7 mil em espécie. Um dos fiscais foi preso em flagrante por posse ilegal de armas, sendo uma de uso restrito. 

A casa do presidente do IAP também já foi vistoriada pelo GAECO

A casa do presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Tarcísio Mossato Pinto, recebeu agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), recentemente (06/2015) para a apreensão de documentos. Também a sede do órgão, no bairro Rebouças, e mais outros cinco pontos – em Curitiba, Paranaguá e Jacarezinho –, inclusive nas casas de outros quatro funcionários, foram visitados por policiais para a busca de provas. A ordem partiu da juíza Ariane Maria Hasemann, da 1ª Vara Criminal de Paranaguá, acatando o pedido da promotora Priscila da Mata Cavalcante. Na casa de um dos investigados, na ocasião, foram apreendidos R$ 649 mil (em dinheiro).

Na época, a Operação Superagüi foi desencadeada por causa de uma licença ambiental, com suspeita de irregularidades, concedida à empresa Green Logística para um pátio de caminhões, às margens da BR-277, para a derrubada de 12 hectares de vegetação em Paranaguá. A Justiça chegou a determinar, em maio, o afastamento de Tarcísio do cargo, mas ele conseguiu um habeas corpus antes mesmo de a decisão ser cumprida. O Ministério Público está recorrendo da decisão. O presidente do IAP responde a ações de improbidade administrativa e abuso de autoridade, e também a processos penais, por suspeitas de irregularidades em licenças ambientais.

Pato Branco já teve ações semelhantes, quando o irmão do atual prefeito e ex-deputado Augustinho Zucchi, Milton Zucchi foi flagrado exigindo propina de empresário e acabou sendo exonerado da função pelo governador Beto Richa.

O IAP não é o único órgão do governo do Paraná a ser alvo de operações policiais nos últimos meses. Também a Secretaria de Estado de Administração e Receita Estadual em Londrina tiveram documentos apreendidos por decisão judicial em investigações que envolvem licitação irregular e suspeitas de corrupção.

Redação com infrmações do Ministério Público do Paraná

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