Agentes recolheram documentos na prefeitura e em uma clínica da cidade.
Foram apreendidos prontuários e fiscais que devem ajudar na investigação.
Agentes do cumpriram nesta quinta-feira (27) diversos mandados de busca e apreensão na prefeitura de Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná, e em uma clínica de fisioterapia da cidade. O Ministério Público Estadual (MP-PR) investiga desde o ano passado um suposto esquema de desvio de verbas da Saúde e de fraudes em licitação.
Durante a ação foram recolhidos documentos, prontuários de pacientes e notas fiscais na prefeitura, no hospital, em unidades de saúde e em uma clínica de fisioterapia da cidade.
Segundo o promotor Carlos Henrique Soares Monteiro, as investigações correm sob sigilo mas adiantou que existem suspeitas de pagamento ilegal por sessões médicas não realizadas. Ele descartou, porém, qualquer relação entre este caso e o que envolve a ex-secretária de Saúde afastada do cargo em março também por suspeita de desvio de verbas do Fundo Municipal de Saúde.
Na época, o MP levantou que a ex-secretária e outro ex-secretário de saúde, um servidor comissionado e um médico ortopedista participavam de um esquema envolvendo pacientes fantasmas. Pelo menos quatro cirurgias foram pagas com dinheiro do município sem terem sido realizadas. Os envolvidos foram denunciados pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e falsificação de documentos.
Em nota, a prefeitura disse ter atendido a ordem judicial que determinou a busca e apreensão de documentos. “A investigação do Ministério Público estaria relacionada à prestação de serviços contratados através do pregão presencial nº 019/2015 e a uma denúncia anônima que teria afirmado não ter havido atendimento ao paciente”, apontou ao garantir que a administração “prestará todas as informações requeridas pela Justiça, pois tem a plena certeza de que a verdade prevalecerá”.
OPERAÇÃO COSA NOSTRA – Decretada prisão de investigados por desvio de verbas em Cantagalo
A Polícia Civil de Cantagalo, no Centro-Sul paranaense, começou a cumprir mandados de prisão emitidos pela Vara Criminal da Comarca, a pedido da Promotoria de Justiça de Cantagalo, contra investigados na Operação Cosa Nostra. A operação apura o desvio de verbas de diárias na Câmara Municipal, bem como a ação de uma família suspeita de liderar uma organização criminosa envolvida em fraudes de licitações. As verbas desviadas, em valores atualizados, chegam a R$ 300 mil.
Ação penal ajuizada pelo Ministério Público do Paraná imputa aos réus a prática de crimes de associação criminosa, peculato e falsidade ideológica. A operação contou com o apoio de dois delegados de polícia (de Laranjeiras do Sul e Palmital) e 11 investigadores da Delegacia de Polícia Civil de Laranjeiras do Sul.
Até a manhã desta quinta-feira (28), havia sido preso o ex-diretor-geral da Câmara de Vereadores de Cantagalo. Os demais suspeitos não foram localizados e estão foragidos. Entre os réus, estão um controlador interno do Município de Cantagalo, um contador do Município de Goioxim e vereadores de Cantagalo.
Fonte G1 e MP/PR