O Tribunal de Justiça do Paraná suspendeu o depoimento do presidente da ONG Vigilantes da Gestão Pública, Sir Carvalho, na CPI das ONG’s da Assembleia Legislativa do Paraná. A comissão foi criada para investigar denúncias de mau uso de verbas públicas, bem como o funcionamento irregular em prejuízo da sociedade paranaense.

Carvalho iria prestar depoimento na próxima terça-feira (03/03), mas o advogado Raphael Marcondes Karan entrou com um pedido de liminar para suspender a audiência. O desembargador Rabello Filho, acolheu o argumento que não ficou claro se o presidente da ONG seria ouvido como testemunha ou investigado e pediu que o presidente da CPI, Ricardo Arruda (PSL), explique o porque está chamando o ativista. “Imperioso, portanto, que o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito das ONGs esclareça em que qualidade se dará a oitiva do ora paciente no âmbito daquela CPI”, destacou.

A ONG Vigilantes da Gestão Pública diz que sofre retaliação dos deputados porque já moveu 16 ações civis públicas contra parlamentares contestando gastos com alimentação feitos com verba de ressarcimento. Uma delas trouxe a tona a famosa “nota do Gato Preto”, apresentada pelo então deputado estadual (hoje deputado federal) Felipe Francischini (PSL). O Gato Preto é um famoso restaurante noturno frequentado pela boêmia curitibana.