O deputado e um assessor parlamentar foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná por peculato, por receber em nome de uma suposta funcionária da Alep entre 2001 e 2005

Deputado pastor acusado de contratar funcionário fantasma

Deputado pastor acusado de contratar funcionário fantasma

Ministério Público do Paraná (MP) apresentou à Justiça, na semana passada, uma denúncia contra o deputado Pastor Edson Praczyk (PRB) por manter uma funcionária fantasma em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) entre 2001 e 2005. Além de Praczyk, o assessor parlamentar Luiz Alberto de Lima, funcionários de carreira da Assembleia, também foi denunciado pelo MP. Além desse caso, o Ministério Público tem outra investigação contra Praczyk sobre supostos servidores fantasmas em seu gabinete.

De acordo com a denúncia, Lima se aproximou de uma vizinha, a dona de casa Rosemary de Amorin, que fazia reuniões periódicas de orações em sua casa. Como ela estava passando por dificuldades financeiras, o assessor pediu os documentos dela, para que fossem benzidos.

“Participando das atividades religiosas, Luiz ganhou a confiança de Rosemary e a pretexto de ‘abençoá-la’ pediu os documentos da referida senhora. Movida pela fé e em uma situação financeira difícil, Rosemary franqueou a Luiz seus documentos pessoas acreditando que receberia ‘alguma ajuda’”, diz um trecho da denúncia. “De posse dos documentos, Luiz Alberto os levou ao deputado Edson Praczyk, cujo cargo permitia nomear assessores e garantir disponibilidade jurídica de dinheiro público para remunerá-los”, diz o MP.

Segundo o MP, ela não recebia o salário e o dinheiro ficava com o assessor de Praczyk. “Senhora Rosemary não tinha qualquer ciência do que ocorria, declarando que nunca prestou serviço em favor do mencionado político”, diz o MP.

O total desviado para as contas de Lima foi de R$ 34 mil, divididos do seguinte modo: entre 2001 e 2002 foram 11 pagamentos de R$ 1,2 mil; em maio de 2004 o valor foi de R$ 1.050; entre julho e setembro do mesmo ano foram R$ 2,8 mil mensais. Em 2005, a Alep pagou R$ 2.852 entre fevereiro e abril e mais R$ 2.838 em maio.

“Por recebimento das remunerações que seriam pagas a Rosemary, Pastor Edson e Luiz Alberto indicaram ao setor de folha de pagamento da Assembleia as contas de Luiz Alberto”, diz a denúncia do MP.

De acordo com o Ministério Público do Paraná, o deputado Edson Praczyc também é investigado por manter funcionários fantasmas em seu gabinete em outro procedimento em tramitação. O MP não deu detalhes sobre a investigação.

Fonte: Gazeta do Povo

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