Orçamento maquiado na Câmara de Vereadores

Você vai trabalhar em uma empresa e toma conhecimento que o limite máximo de custeio em viagem é de R$10.000,00.

Historicamente, todos os seus antecessores, indo à capital, gastaram R$2.400,00. Você, então apresenta uma previsão de gastos de R$5.000,00. Como o máximo é dez, te dão o dinheiro. Claro, você terá que comprovar na volta.

Dias depois, no final da viagem, você gastou R$2.500,00, devolve o restante. Isso foi economia? Foi erro de orçamento? Foi malandragem?

No dia da devolução, você faz um cheque gigante, exibindo a devolução e divulga dizendo que “economizou”. O repassador do recurso – executivo – vai receber e agradece a economia que você fez.

Bem, é isso que a Câmara de Vereadores faz. Sabendo do limite máximo estabelecido na Constituição Federal para a Câmara, superdimensiona o orçamento.

Em outras palavras, faz previsão maior que o necessário para o ano, recebe o dinheiro sem precisar, retém em uma conta, depois devolve, dizendo que economizou.

O prefeito, que não quer se indispor com os malandros vereadores, concorda em agradecer a “economia”. Veículos pagos com dinheiro do seu imposto, dão a notícia da mentira como verdade.

Sabe porque isso acontece? Por não existir um vereador fiscal de verdade. Por existir corporativismo entre os políticos assim que são eleitos.

Lembrando, não há – na Constituição Federal – obrigação fixa. Há limite!

Desafio os contadores a me desmentir!

Sir Carvalho

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